Artigo do Messias Pontes para 20.10.10
O candidato das forças do atraso à Presidência da República, José Serra (PSDB) ou simplesmente “Zé” Traíra, vê se aproximar, melancolicamente, o fim da sua carreira política. Perdeu a identidade, manchou o seu nome, jogou o currículo na latrina e vai entrar pra história pela lata do lixo. Mas ainda alimenta, com o apoio da velha mídia conservadora, venal e golpista, e dos fundamentalistas religiosos, um fio de esperança na reversão desse quadro desfavorável.
Ele é capaz de tudo para satisfazer a sua obsessão pelo poder. Até fazer uma boa ação, o que não se tem notícia que algum dia tenha feito. Ele patrocina a maior baixaria que este País já viu, pior até mesmo que a protagonizada pela canalha da UDN contra Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek na década de 1950 e contra João Goulart na década seguinte, e por Collor de Mello em 1989. As calúnias, injúrias, difamações e todo tipo de mentiras contra a candidata da coligação Para o Brasil seguir Mudando (PT, PMDB, PCdoB, PSB, PDT,PRB, PSC, PTN, PTC, PR) Dilma Rousseff, estão extrapolando todos os limites.
O problema do “Zé” Traíra é patológico. Além da obsessão pelo poder, ele tem compulsão pela mentira. E nem treme a cara quando fala. Há quem diga que ele mente mais num dia do que um macaco pula num ano. Chega a dar pena, sentimento que não quero que ninguém nutra por mim. Se a chamada grande mídia fosse democrática, ele já estaria politicamente morto e sepultado.
Mas quem sempre falta com a verdade gosta de chamar os outros de mentirosos. Sua última grande mentira foi dizer no dia 11 deste mês que não conhecia o Paulo Preto (Paulo Vieira de Souza), acusado pelos próprios tucanos de ter sumido com R$ 4 milhões destinados à sua campanha, dinheiro que alimentaria o caixa 2. “Não sei quem é Paulo Preto. Nunca ouvi falar dele”, enfatizou. Se tem alguém que não pode dizer que não conhece o Paulo Preto, esse é justamente o candidato demo-tucano. O seu vice – hoje governador Alberto Goldman, passou e-mail a ele afirmando que “Ele (Paulo Preto) é vaidoso e arrogante. Fala mais do que deve, sempre. Parece que ninguém consegue controlá-lo”.
Quem também desmente o “Zé” Traíra é o tesoureiro-adjunto e ex-secretário-geral do PSDB, Evandro Losacco, que salientou que “todo mundo já sabia disso há muito tempo. Mas só faz isso quem tem poder de interferir em alguma coisa. Poder infelizmente ele (Paulo Preto) tinha. Foi a própria cúpula tucana quem denunciou à imprensa as tripolias do ex todo poderoso homem do governo paulista.
Indignado, Paulo Preto , ex-diretor da estatal Dersa na gestão tucana em São Paulo e que administrou obras no valor de mais de R$ 6,5 bilhões, ameaçou: “Ele (Serra) me conhece muito bem. Não se larga um líder ferido na estrada em troco de nada. Não cometam esse erro”. Depois dessa ameaça, o “Zé” Traíra, no dia seguinte, disse: “Evidentemente que eu sabia do trabalho do Paulo Souza, que é considerado uma pessoa muito competente”.
Apesar de desmascarado, continua mentindo, assumindo a paternidade dos genéricos, quando estes foram criados pelo então ministro da Saúde de Itamar Franco, Jamil Haddad. O próprio Itamar o chamou de mentiroso. Da sua lavra também não é o Seguro Desemprego. Manda sua súcia divulgar que Dilma Rousseff é a favor do aborto, mas ele próprio ajudou sua mulher Verônica Serra a abortar com quatro meses de gestação.
O candidato das forças do atraso mente quando diz que vai investir R$ 15 bilhões na saúde em quatro anos. Mas quem acredita nele se foram os demo-tucanos que tiraram da saúde R$ 40 bilhões por ano quando derrubaram a CPMF criada por eles próprios?
Mente quando diz que vai aumentar o salário mínimo para R$ 600,00. Nos oito anos do desgoverno dele e do Coisa Ruim (FHC) o salário mínimo foi brutalmente achatado. Ele sabe que esse valor é pouco para satisfazer as necessidades básicas de uma família de quatro pessoas, mas atualmente mais de quatro mil prefeituras quebrariam se o SM fosse reajustado para R$ 600 em 2011.
Mente mais ainda o “Zé” Traíra quando diz que vai fortalecer as estatais, notadamente a Petrobras, omitindo que ele defendeu a mudança de nome da empresa para Petrobrax para torná-la mais atraente para os investidores estrangeiros.
Diante de tanta baixaria, o que fará ele se a campanha da Dilma usar o rádio e a televisão para informar que a filha dele, Verônica Serra, que era sócia se Verônica Dantas, irmã do megaguabiru Daniel Dantas, quebrou o sigilo bancário de 60 milhões de contas bancárias? E que a mulher dele, Mônica Allende Serra, interrompeu a gravidez no quarto mês de gestação?
E quando for mostrado que o seu vice, Índio da Costa, meteu a mão no dinheiro da merenda escolar quando foi secretário de administração da Prefeitura do Rio? E que o mensalão do Demo de Brasília tem beneficiados o líder do principal partido aliado no Senado, Agripino Mais, e o presidente nacional do PSDB, o senador Sérgio Guerra?
O “Zé” Traíra vai tentar negar, mas a maioria sabe que ele mente compulsivamente.
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